Quem és tu no Japão?
Dai Nippon - o grande Japão também é feito de pequenas coisas

Dai Nippon - o grande Japão também é feito de pequenas coisas

Tanaka Tatsuya | Fujir - viagens ao Japão

O Japão é um país de contrastes. Gostam de fazer as coisas em grande, e também se orgulham do seu minimalismo característico.


Podemos encontrar no Japão o maior edifício de madeira do mundo, a maior estátua de um Buda sentado de bronze, um dos maiores sinos do mundo, a maior torre na metrópole com a maior população do mundo, e até o maior relógio feito de flores.


Mas o povo japonês também tem um fascínio por fazer as coisas o mais pequenas e ergonómicas possíveis.


Talvez influenciado pela filosofia Zen (nada), ou pela falta de espaço nas suas casas, o japonês desenvolveu técnicas para abreviar, ou encolher, o mais possível o que parece supérfluo.

Este conceito de simplificar é aplicado nas expressões da própria língua como em Akeome Kotoyoro, que é a abreviatura de akemashite omedetō, kotoshi mo yoroshiku, uma expressão que se usa no ano novo para desejar boa sorte e boas relações interpessoais no ano que começa, ou no simples Ohayo que é abreviatura da expressão Ohayogozaimasu.

E também o podemos ver aplicado nas “encolhidas” pequenas latas de cerveja de 135ml.

 

 

Grandes artistas que se dedicam às pequenas coisas.

 

Eu sigo no instagram uma japonesa de Hokkaido que tem como hobbie fazer miniaturas de várias coisas.O mais impressionante é que vai até ao mais ínfimo pormenor.


Chama-se Megumi Hachinohe e o seu trabalho, embora pequeno em tamanho, já chegou à escala planetária. Podem apreciar o seu trabalho em @meguxmini.


Noutro registo, há o meu preferido Tanaka Tatsuya que embora não faça objectos de origem, cria cenários a uma escala minúscula usando objectos do dia a dia e figuras que coleciona.


O resultado final são autênticas obras de arte que já merecem destaque em museus e livros.


Podem segui-lo em @tanaka_tatsuya.


Estes são apenas dois exemplos de que se pode ser grande no Japão, e no mundo.

 

04 MAIO 2020

AUTOR: JORGE FERRAO